Estou postando para vocês alguns videos engraçados, mas que nos fazem refletir acerca de nossa prática assistencial, da nossa missão enquanto profissionais de saúde e do compromisso que temos com o ser humano o qual destinamos nosso cuidado. Espero que gostem!!!
sábado, 26 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
ESTOU EM TRABALHO DE PARTO?
Por Teógenes de Oliveira
O trabalho de parto é um fenômeno complexo e variável para cada mulher e para cada gestação. Seu início envolve uma série de mecanismos hormonais progressivos e mecânicos. O trabalho de parto pode ser dividido em dois momentos: o período premonitório ou fase de latência e fase ativa.
O período premonitório é aquele que antecede o verdadeiro trabalho de parto (fase ativa) caracterizado pela sensação da gestante que o trabalho de parto irá se instalar; geralmente ocorre de 10 a 15 dias antes do parto (SILVA, 2007). São algumas características:
- Descida da barriga (fundo de útero);
- Sensação de peso e dor em baixo ventre, em virtude da compressão fetal;
- Necessidade de urinar constantemente;
- Dores lombares;
- Aumento do muco cervical;
- Perda de tampão mucoso;
Na fase ativa do trabalho de parto os sinais e sintomas são mais intensos:
- Dores lombares irradiando para o baixo ventre;
- Dores que não passam com massagem, caminhada ou deitada;
- Presença de 2-3 contrações uterinas (abdomen duro) em 10 minutos com duraçao mínima de 30 segundos.
A dor do trabalho de parto é uma resposta normal à contração uterina. Ela não pode ser encarada como dor de uma doença, mas sim uma resposta ao mecanismo normal do trabalho de parto.
- Aumento gradativo da intensidade e duração das contrações;
- Perda de tampão mucoso ("catarro") com ou sem a presença de sangue;
- Perda de líquido aminiótico; Não esqueçam de anotar a hora e acor do líquido!!!
- Dilatação e esvaecimento do colo; O colo uterino precisa atingir uma dilatação de 10 cm para haver o nascimento do feto. O trabalho de parto propriamente dito inicia-se com uma dilatação maior ou igual a 4 cm. Isso é avaliado pelo Enfermeiro obstetra ou pelo Médico obstetra.
- Descida da barriga;
Todas essas alterações citadas constituem fatores que nos podem concluir o início do trabalho de parto, porém é importante lembrar que o trabalho de parto é todo conjunto desses fatores e que apenas uma dessas alterações não constitui por si só o diagnóstico de trabalho de parto.
Referência de apoio:
SILVA, J. C. Manual Obstétrico: guia prático para enfermagem. 2ed. rev. e ampl.. São Paulo: Corpus, 2007.
De joelhos, de cócoras, sentada...Sim ao parto verticalizado!
Por Teógenes de Oliveira
No meio científico muito tem se publiacado acerca de alternativas não farmacológicas para alívio da dor do parto e condução no processo de parturição numa perspectiva humanizada igualmente resolutiva. Dentre a novas posturas adotadas para atenção ao trabalho de parto e parto é a retomada da postura verticalizada como facilitador do processo. De joelhos, de cócoras, sentada, semi-sentada, genupeitoral (de quatro), são inumeras as posições que permitem um nascimento mais natural e ativo. Dentre as vantagens podemos citar algumas:
- O parto é mais rápido, pois é auxiliado pela gravidade;- A oxigenação do bebê é melhor, pois não ocorre a compressão da veia cava pelo peso do útero;
- Maior abertura da pelve para passagem do feto;
- A necessidade de episiotomia é menor;
- A necessidade de episiotomia é menor;
- Menor risco de lacerações de segundo e terceiro grau, preservando a musculatura perineal;
- O padrão respiratório da parturiente é otimizado;
- Facilidade na saída da placenta e coágulos sanguíneos;
- A mulher se sente mais no controle da situação;
- O companheiro tem uma participação mais ativa ao prover o suporte da posição;
- A mulher se sente mais no controle da situação;
- O companheiro tem uma participação mais ativa ao prover o suporte da posição;
A desvantagem é que alguns profissionais não conseguem controlar o parto da forma como foram ensinados. Pode haver lacerações de grandes lábios que possuem melhor prognóstico que as lacerações inferiores.
Pensando nisso foi criada uma cadeira para parto de cócoras, onde a mulher fica em uma altura suficiente para que o obstetra fique com um bom campo visual. No entanto, um fenômeno curioso tem ocorrido. Alguns hospitais que adquiriram a cadeira alegam que há pouca procura e que elas foram "encostadas".
A realidade é que não há necessidade de cadeiras especiais para se fazer um parto de cócoras. Basta que a mulher suba na cama comum, ajoelhada entre as contrações e acocorada na hora das contrações, apoiando-se de um lado no companheiro, do outro em uma enfermeira ou auxiliar. Também é possível para o companheiro ficar sentado sobre a banqueta que fica ao lado da cama, enquanto a parturiente se acocora e se apoie nas pernas abertas do companheiro, de costas para ele.
Enfim, um pouco de boa vontade, criatividade e confiança no instinto da mulher são suficientes para se fazer um parto de cócoras em qualquer ambiente, hospitalar ou não. Muitas vezes a presença da doula pode ser uma fonte de inspiração e sugestões para um médico que há muito tempo não presencia um parto natural. Para eles é difícil fugir dos protocolos que imperam na instituição, mas depois que o fazem, ficam surpresos com os resultados e muitas vezes emocionados.
Com relação à preparação, não há necessidade de ser uma atleta ou uma índia para parir de cócoras. O hábito de se agachar durante a gestação, ou mesmo ficar alguns minutos de cócoras diariamente, por exemplo na hora da TV, já é o suficiente. Mas mesmo uma mulher sem essa preperação, que não costuma ficar acocorada, pode perfeitamente ficar alguns minutos nessa posição durante as contrações do período expulsivo.
No entanto a posição melhor para o parto não é a de cócoras, deitada, de quatro ou de joelhos... A melhor posição é aquela que a mulher escolhe, por se sentir melhor, mais confortável e no controle de seu processo de parto. Esse deveria ser o objetivo da obstetrícia e da boa assistência ao parto: oferecer um ambiente de parto onde a mulher possa se concentrar naquilo que seu corpo pede.
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