Por Teógenes de Oliveira
O trabalho de parto é um fenômeno complexo e variável para cada mulher e para cada gestação. Seu início envolve uma série de mecanismos hormonais progressivos e mecânicos. O trabalho de parto pode ser dividido em dois momentos: o período premonitório ou fase de latência e fase ativa.
O período premonitório é aquele que antecede o verdadeiro trabalho de parto (fase ativa) caracterizado pela sensação da gestante que o trabalho de parto irá se instalar; geralmente ocorre de 10 a 15 dias antes do parto (SILVA, 2007). São algumas características:
- Descida da barriga (fundo de útero);
- Sensação de peso e dor em baixo ventre, em virtude da compressão fetal;
- Necessidade de urinar constantemente;
- Dores lombares;
- Aumento do muco cervical;
- Perda de tampão mucoso;
Na fase ativa do trabalho de parto os sinais e sintomas são mais intensos:
- Dores lombares irradiando para o baixo ventre;
- Dores que não passam com massagem, caminhada ou deitada;
- Presença de 2-3 contrações uterinas (abdomen duro) em 10 minutos com duraçao mínima de 30 segundos.
A dor do trabalho de parto é uma resposta normal à contração uterina. Ela não pode ser encarada como dor de uma doença, mas sim uma resposta ao mecanismo normal do trabalho de parto.
- Aumento gradativo da intensidade e duração das contrações;
- Perda de tampão mucoso ("catarro") com ou sem a presença de sangue;
- Perda de líquido aminiótico; Não esqueçam de anotar a hora e acor do líquido!!!
- Dilatação e esvaecimento do colo; O colo uterino precisa atingir uma dilatação de 10 cm para haver o nascimento do feto. O trabalho de parto propriamente dito inicia-se com uma dilatação maior ou igual a 4 cm. Isso é avaliado pelo Enfermeiro obstetra ou pelo Médico obstetra.
- Descida da barriga;
Todas essas alterações citadas constituem fatores que nos podem concluir o início do trabalho de parto, porém é importante lembrar que o trabalho de parto é todo conjunto desses fatores e que apenas uma dessas alterações não constitui por si só o diagnóstico de trabalho de parto.
Referência de apoio:
SILVA, J. C. Manual Obstétrico: guia prático para enfermagem. 2ed. rev. e ampl.. São Paulo: Corpus, 2007.

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