segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sexualidade na gravidez.

Se a gravidez provoca muitas alegrias também traz muitas dúvidas, inclusive no campo da sexualidade. Ficam aqui algumas das principais dúvidas esclarecidas.

O sexo durante a gravidez é seguro?
O sexo durante a gravidez é seguro e saudável, desde que não existam indicações médicas em contrário. No entanto, uma mulher grávida deve evitar sexo durante a gravidez se:
  • Os seus partos anteriores foram prematuros
  • Se a sua cervix estiver dilatada
  • Se já teve abortos espontâneos
  • Se teve sangramento vaginal
  • Se tem uma gravidez múltipla
  • Se sofre de placenta prévia
  • Se existe fuga de líquido amniótico
  • Se ela ou o parceiro sofreram de alguma DST
Na ausência deste tipo de contraindicações, poderá ter sexo até cerca de 2 semanas antes da data prevista do parto. No entanto certifique-se sempre com o seu médico, pois cada caso é um caso.
Que cuidados ter?
Devem existir cuidados para que durante o sexo não exista pressão no abdómen da mulher; para evitar este risco existem posições sexuais mais adequadas. Também não é aconselhado sexo violento e penetrações demasiado profundas pois poderão ser dolorosas. O sexo deverá ser algo suave durante o tempo da gravidez. Deverá evitar sexo em banheiras e em ambientes aquáticos, ou em locais que possam provocar quedas ou riscos. Também deverá ser evitado o uso de lubrificantes ou cremes que possam provocar reações alérgicas.
O sexo magoará o bebé?
O bebé não sofrerá ou será magoado com o ato sexual. A membrana protetora que sela a cerviz ajuda a proteger o bebé; o saco amniótico e os fortes músculos do útero também protegem o bebé. E embora o bebé possa mexer-se mais durante um grande orgasmo, será devido ao seu coração bater mais rápido e não porque ele está a sofrer.
Que posições são aconselhadas durante a gravidez?
A gravidez é uma boa oportunidade de colocar a criatividade ao serviço da vida sexual. Especialmente durante o segundo trimestre, é boa ideia evitar estar longos períodos de tempo de costas, mediante este facto as posições mais aconselhadas incluem a mulher por cima, posição colher (ambos lado a lado de costas) e a posição de cão (mulher de gatas e homem por trás). No segundo e especialmente terceiro trimestre a mulher poderá sangrar um pouco depois da relação, isto acontece devido ao facto dos vasos sanguíneos que estão na superfície da cervix, poderem rebentar, mas isto não é necessariamente alarmante ou problemático.

 

 

 


Terei as mesmas sensações de sempre?

Para algumas mulheres, fica melhor ainda; para outras, nem tanto. O aumento do fluxo sanguíneo na região da pelve pode fazer os órgãos genitais ficarem mais irrigados, o que intensifica a sensibilidade e até o orgasmo.

Mas essa mesma irrigação provoca em algumas mulheres uma sensação meio desagradável depois da relação sexual. Além disso, algumas grávidas sentem cólicas durante o ato sexual ou depois do orgasmo.

Seus seios podem também estar mais sensíveis ou doloridos ao toque, especialmente no primeiro trimestre. O desconforto geralmente melhora, mas é possível que a sensibilidade permaneça. Para certas gestantes a mudança é ótima, enquanto para outras é desagradável e leva a nem quererem ser tocadas na região.

Avise o seu parceiro se alguma coisa incomodar, mesmo que seja algo que vocês sempre faziam juntos. Às vezes é preciso ajustar suas atividades eróticas e tentar outras formas de estimulação que sejam prazerosas para os dois.

Não tenho estado a fim de sexo desde que engravidei. Isso é normal?

Sim, é bem normal. É inevitável que as grandes mudanças por que seu corpo está passando afetem sua vida sexual em algum momento.

Algumas mulheres se sentem mais poderosas que nunca, ajudadas pelo fato de não ter de se preocupar com a contracepção e nem com a concepção, como na época das "tentativas". Mas outras ficam simplesmente cansadas ou enjoadas demais, principalmente no primeiro trimestre.

O segundo trimestre costuma ser marcado pelo reacendimento da libido. O desejo pode voltar a diminuir no terceiro trimestre, pelo desconforto da barriga ou pela ansiedade com a aproximação do parto.
Poderá um orgasmo induzir o parto?
O orgasmo liberta oxitocina que faz com que o útero sofra contrações. O sémen também contém prostaglandina que pode causar um efeito semelhante se for ejaculado na vagina nestas condições. Por isso, se estiver perto da altura do trabalho de parto ou perto da altura do parto, a probabilidade do orgasmo induzir o parto é alta. Porém, o orgasmo, naturalmente, poderá causa algumas cãibras, que durante uma gravidez normal – sem riscos – não tem problemas; mas comunique sempre este tipo de sintomas ao seu médico, ou mesmo outros que considerar menos usuais, é sempre melhor prevenir, ele verá o seu caso e a aconselhará de acordo com ele.
DST e gravidez, o que saber?
Caso desconfie ou saiba que esteve exposta a uma doença sexualmente transmissível, é muito importante que procure de imediato um médico e faça exames, pois poderá colocar a sua saúde e a do feto em risco.
O desejo dos homens muda durante a gestação das mulheres?
A maioria dos homens gosta das mudanças trazidas pela gravidez. Seus seios ficam maiores e surgem novas curvas.

Mas o desejo do seu parceiro pode ser prejudicado pela preocupação dele com sua saúde e com a do bebê, pela apreensão com a mudança que vai acontecer na vida de vocês, pelo medo de que o sexo machuque o bebê ou pelo desconforto de ter relações sexuais na presença do filho, mesmo que ele ainda não tenha nascido.

Caso o temor seja machucar o bebê, experimente levá-lo com você para conversar com o médico na próxima consulta, assim ele terá chances de tirar todas as dúvidas sobre a segurança do sexo na gravidez.

O sexo oral é seguro?

Na maior parte das vezes, o sexo oral não prejudica nem você nem o bebê, e muitos o consideram uma boa opção para quando a penetração não é recomendada por razões médicas.

É preciso só um pouco de atenção para não receber sexo oral durante a gravidez se seu parceiro estiver com um surto ativo de herpes labial ou se achar que tem um se formando. E se seu parceiro já teve qualquer manifestação de herpes no passado, o sexo oral deve ser evitado completamente no terceiro trimestre de gravidez, mesmo que não haja nenhum sintoma atual.


Masturbação durante a gravidez?
A masturbação é uma ótima forma de libertar stress e mesmo até de a aliviar a si e ao seu parceiro de muita tensão sexual acumulada. Masturbarem-se em conjunto poderá ajudar a diminuir a tensão e a ansiedade que possam sentir em relação ao coito. Mas se foi desaconselhada a ter sexo durante a gravidez também deverá evitar a masturbação, pois as contrações provocadas pelo orgasmo poderão desencadear um parto prematuro.
Sexo anal, é seguro durante a gravidez?
Geralmente o sexo anal não é muito recomendado durante a gravidez. O sexo anal poderá ser bastante desconfortável especialmente se sofrer de hemorróides relacionadas com a gravidez. Para além disso, o sexo anal pode facilitar infeções relacionadas com bactérias que passem do reto para a vagina. Se está proibida de fazer sexo durante a gravidez, o sexo anal também está incluído. Porém o sexo anal não causa nenhum mal direto ao bebé. E se realmente pretende fazê-lo deve de o fazer muito suavemente. Como parte das preliminares, peça ao seu parceiro para apenas brincar com um dedo  e certifique-se que está bem relaxada. A penetração deverá ser sempre algo confortável e bom, se assim não for, esqueça! Se decidir ter sexo vaginal depois do sexo anal, é muito importante que o seu parceiro lave muito bem o pênis com sabão antibacteriano - ou ainda melhor, que use um preservativo em ambas as situações -, isto para evitar tipos de infeções vaginais ou transmissão oral de E.Coli. 
Depois do bebé nascer, quando é que se pode ter relações sexuais?
Quer tenha tido um parto vaginal ou através de cesariana, o corpo necessita de tempo para curar. Usualmente, cerca de 4 a 6 semanas depois do parto, poderá voltar a ter relações sexuais, contudo, se fez uma episiotomia ou cesariana são necessários cuidados extra. Para evitar pressões nessas áreas, as posições onde ambos estejam lado a lado são as mais aconselhadas. Neste tipo de situação diz respeito à mulher partilhar com o seu parceiro se está preparada, e só deve fazer sexo depois das cicatrizes estarem saradas – o que pode variar de mulher para mulher. As secreções vaginais diminuem depois do parto, por isso uma vagina seca é comum durante o coito; neste caso é aconselhável usar um lubrificante à base de água.
Se, apesar de tudo, e de já estar sarada, estiver sem vontade ou demasiada cansada para sequer pensar em sexo, experimente manter a intimidade de outras formas: envie mensagens carinhosas ao seu parceiro, deixe alguns momentos do dia apenas para ambos - nem que seja um pouco antes de irem para a cama ou de manhã. Vão com calma e quando estiverem ambos preparados para o sexo, será natural, mas atenção, pois caso não desejem outro bebé em breve devem usar um método contracetivo.




















quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Reflexões acerca da atenção Pré-natal e seus impactos no processo de parturição


                                                                                                             
                                                  Por Iuri Mendes* e Théo Oliveira

              Durante o período gestacional, a mulher deve realizar o Pré-natal, que é a assistência prestada à gestante em uma Unidade de Saúde da Família, visando evitar problemas para a mãe e a criança, através de ações de prevenção e promoção da saúde. Neste acompanhamento o profissional responsável pela consulta (médico ou enfermeiro), dá instruções acerca da gestação, trabalho de parto e parto, além de solicitar exames para avaliação, diagnóstico e tratamento de problemas que podem ocorrer durante o período.
               As consultas devem ser iniciadas o quanto antes para que, além de um acompanhamento adequado, sejam feitos os exames necessários que garantirão a saúde da gestante e do bebê bem como a detecção de alguma doença ou disfunção, se houver. Uma atenção pré-natal de qualidade e humanizada é fundamental para a saúde do binômio mãe/filho.
              A orientação sobre o trabalho de parto deve fazer parte da assistência, durante o pré-natal sendo que este é um instrumento educativo de alto potencial para mulheres durante a gestação, porém as expectativas quanto ao tipo de parto está relacionada à maneira como as informações sobre o assunto estão disponibilizadas e acessíveis. Nesse sentido, muitas gestantes apresentam-se ansiosas e temerosas quanto ao momento do parto.
             As informações adequadas sobre os sinais de trabalho de parto são importantíssimas para o reconhecimento da gestante acerca do momento ideal para ir à Maternidade. Percebe-se, no entanto, que as pacientes vão à maternidade despreparadas para tal acontecimento, o que acarreta em estresse para a paciente, profissionais e até acompanhantes, que muitas vezes, são mais ansiosas até do que as parturientes, transmitindo assim, certo incomodo para todos os envolvidos no processo, inclusive para outras pacientes.
            As principais situações vivenciadas na Maternidade Municipal de Juazeiro-BA estão relacionas à indução do trabalho, realização de cesarianas e idade gestacional, que também se relaciona com o momento certo para indução e/ou cesariana. Pacientes e acompanhantes chegam com a idéia de que o parto deve ser logo induzido, mesmo não sendo o momento adequado, alguns até exigem um parto cesáreo, indo de encontro ao preconizado pelo Ministério da Saúde.
               Esses problemas podem ser frutos de fatores como: má orientação na assistência à gestante no Pré-Natal em sua Unidade de Saúde da Família, dogmas relacionados a cesarianas anteriores e influência de outros.
              Não saber reconhecer os sinais do parto e ser pega de surpresa é um dos temores que surgem. Esta insegurança do trabalho de parto nem sempre são inconfundíveis: por exemplo, a mulher pode não perceber o desprendimento do tampão mucoso, a bolsa d'água pode não se romper, a mulher, à espera das dores, pode não se dar conta das contrações e, deste modo, boa parte do trabalho de parto transcorre sem ser percebido; por outro lado, há os alarmes falsos: uma pequena perda de líquido, desprendimento do tampão, contrações regulares, ida para o hospital, retorno à casa porque o trabalho de parto ainda está muito no começo.
                 Neste contexto, é imprescindível para o enfermeiro estar a par de todos os momentos da gestação, pois com o conhecimento científico, atendimento humanizado e individualizado é que este profissional acolherá e orientará a mulher nesta fase de vida. De acordo com o Ministério da Saúde, além dos aspectos técnicos propriamente ditos, o preparo para o parto envolve, também, uma abordagem de acolhimento específico como medidas educativas da mulher e seu companheiro e/ou acompanhante, que poderá estar a seu lado durante o pré-natal, no decorrer do trabalho de parto e parto. Deve incluir o fornecimento de informações desde as mais simples, de onde e como o nascimento deverá ocorrer, o preparo físico e psíquico, idealmente uma visita à maternidade para conhecer suas instalações físicas, o pessoal e os procedimentos rotineiros, entre outros.
                Para o alcance desses objetivos se faz necessário que os profissionais de saúde envolvidos nesta fase importante da vida da mulher, em particular o enfermeiro, se envolva e comprometa-se com tais propostas, pois o processo de nascer envolve o respeito e acolhimento para com a gestante e seu filho amenizando as angústias e anseios presentes nesse momento, quebrando os paradigmas da assistência prestada, qualificando o momento do nascimento por uma abordagem humanizadora evitando a medicalização e o menosprezo às crenças adquiridas pela gestante durante a gestação, evitando um ambiente desumano à população citada.
                 As atitudes, a maneira como a parturiente usa o seu corpo, e o modo de se comportar durante o trabalho de parto dependem das informações recebidas no pré-natal no contexto socioeconômico e cultural na individualidade/subjetividade de cada mulher. Essa construção de informações importantes no ciclo gravídico-puerperalde muitas vezes é falho e é de responsabilidade apenas do enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família, mas também ao paciente, acompanhante, Agente de Saúde e ao próprio serviço de saúde. Há o fato, para o enfermeiro, que a demanda para o serviço é alta, bem como a sobrecarga de trabalho e a desvalorização profissional, que ambos, de uma forma ou outra, afeta na qualidade do serviço.
                 Alguns pacientes não se interessam em procurar o serviço para acompanhamento, ficando assim despreparados e até com exames não realizados para apresentação no momento das consultas. Além da pouca orientação, há também o descaso por parte de alguns Agentes de Saúde em procurar as gestantes de sua área para orientar a procurar o serviço, além do fato de que muitos municípios não disponibilizam de estrutura mínima para realização de um bom trabalho.
                Diante desta situação, está clara a necessidade de esforço coletivo para a melhoria da qualidade da atenção pré-natal, de modo a garantir o atendimento integral e os requisitos básicos para promoção de atitudes e condutas favoráveis ao desenvolvimento adequado da gestação, para a evolução natural do trabalho de parto e parto, em um contexto de humanização da atenção.

Referências

Saúde e Beleza, 2009.http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692002000500007. 
Santana, TG; Brandao,CL; Castro, JBS; Tavares, EH. Orientação às gestantes sobre os períodos do trabalho de parto normal.
Oliveira, SMJV; Riesco, MLG; Miya, CFR  and  Vidotto, P. Tipo de parto: expectativas das mulheres. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2002, vol.10, n.5, pp. 667-674. ISSN 0104-1169. 
RezendeHYPERLINK "javascript:PesquisaAutor();", JHYPERLINK "javascript:PesquisaAutor();"; Montenegro, CAB. Obstetrícia fundamental. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692006000300016. 
 
Barros, SMO. Enfermagem no ciclo gravídico e puerperal. São Paulo:Manole, 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher/Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica da Mulher. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
Bezerra, MGA e Cardoso, MVLML. Fatores culturais que interferem nas experiências das mulheres durante o trabalho de parto e parto.Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2006, vol.14, n.3, pp. 414-421. ISSN 0104-1169. 
Simões SMF. O ser parturiente: um enfoque vivencial. Niterói (RJ): EdUFF; 1998. 

     
 * Texto construído durante o estágio supervisionado do Curso Bacharelado em Enfermagem da Universidade de Pernambuco.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Meu parto do MEU jeito!



              Acredite, conhecimento NUNCA é demais, e você NUNCA vai saber tudo! E como eu sei disso estou diariamente estudando, pesquisando, me atualizando. Sempre que tenho dúvidas procuro artigos científicos mais recentes, e converso com profissionais que confio, pois nem tudo está na teoria. E fazendo isso hoje na internet, buscando algo legal para trazer a vocês, achei esse site magnífico americano. Ele trás 10 dicas de como se preparar para o Parto Natural, e o título é LINDO '' Meu parto do MEU jeito ''.
Vou traduzir e resumir porque é muitoooooooooooo longo, mas vou colocar o link no final também para quem quiser ler tudo !! Espero que gostem!

               Uma coisa muito legal que elas já falam de cara é sobre a opnião das pessoas, assim que você comenta que vai fazer um Parto Natural as pessoas já fazem comentários do tipo: - Ixi, você nem sabe o que te espera. - Você é louca, cesárea é modernidade; - Sofrer pra quê?; - Isso é coisa de índia; - Você vai implorar por uma peridural, etc.

1ª Ignore esses comentários: Deixe que entre por um ouvido e saia pelo outro, não discuta com pessoas assim, não vale a pena. Você se informou e sabe o que é melhor pra você.

2ª Leia livros de partos e relatos de Partos naturais: Pesquisas mostram que mulheres informadas tem partos com muito menos complicações do que as outras e diminuem muito as intervenções como analgesia, fórceps, vacuo extrator, cesárea, etc.

3ª Escolha o melhor local para VOCÊ : Pode ser um parto domiciliar ou hospitalar, mas escolha o local que você se sente mais segura, se for em um hospital particular tenha um médico de confiança atendendo o seu parto, se for público terá de contar com a sorte de qual plantonista será. Converse com seu parceiro e escolham a melhor opção.

4ª Faça um curso para Gestantes: Muitas maternidades oferecem cursos de gestantes, algumas até de graça, mas esses cursos podem também ensinar as coisas de um olhar totalmente médico, visando procedimentos e intervenções. Procure fazer cursos direcionados ao parto humanizado, ou profissionais que são a favor do parto humanizado para ensinar essas coisas.

5ª Contrate uma Doula: A doula é uma profissional treinada e experiente que oferece apoio físico e emocional a mãe antes, durante e após o parto. Em um mundo como o nosso onde o parto é visto como um procedimento médico, a Doula é uma peça importante que relembra que o parto é fisiológico e natural.
A parturiente que tem uma doula no parto, nunca estará sozinha, e sempre bem assistida. Pesquisas realizadas pela Organização Mundial da Saúde mostram que as mulheres acompanhadas por doulas no parto tendem a ter partos mais rápidos e fáceis, pedem menos peridural ou medicamentos para dor e também a cesárea.
Estão menos propensas a pedir a ocitocina para acelerar o trabalho de parto, tem menos problemas com amamentação, Se sentem muito mais satisfeitas e realizadas com a experiência do parto e diminui muito o risco de depressão pós-parto. Quer mais do que isso TUDO?

 

6ª Dica Faça um plano de parto: Esse plano é uma lista de coisas que você deseja que seja feita ou não no seu parto. Como posições de parto, uso de medicamentos, episiotomia, etc.
Não significa que seu parto sairá como o planejado, eu sempre converso e explico que o parto é sempre uma surpresa, algumas vezes realmente temos que aceitar algo quando realmente necessário e que nunca temos garantia de que o parto será como o desejado.
Mas é extremamente importante que a mulher esteja preparada para uma cesárea NECESSÁRIA e preparada para possíveis intercorrências, e para isso é fundamental que a mulher saiba o que é e o que não é motivo para intervenções. Informe-se!!!

7ª Prepare o seu corpo o máximo possível: Você pode nunca ter ouvido falar da Massagem Perineal mas ela é uma das melhores maneiras de preparar o períneo para evitar lacerações, uma alimentação saudável e exercícios físicos também vão ajudar seu corpo nesse momento.

8ª Familiarize-se com métodos não-farmacológicos para alívio da dor: Pratique relaxamento durante a gestação, pense sempre positivo e visualize o bebê nascendo, prepare o local do nascimento. É muito gostoso um local quentinho,com silêncio e privacidade.
No início do trabalho de parto continue fazendo as suas coisas normalmente, veja TV, coma e bebê, vá ao cinema, durma se for a noite. Não tem motivo para alarme.
Mantenha-se ativa durante o dia, use a bola, caminhe e ajude seu corpo sem se desgastar demais. Sinta o seu corpo, a magia da natureza agindo e fazendo o que precisa fazer, agradeça que isso esta acontecendo e que seu bebê está chegando.Coloque uma música lenta e dançe com seu companheiro e/ou acompanhante, celebre esse momento, sorria, relaxe o parto é motivo de felicidade.
Solte todo o seu corpo, durante as contrações principalmente, relaxe, vocalize, abra bem a boca e solte a sua mandíbula, isso vai relaxar seu períneo também. Não fique franzindo o rosto e nem deixe seu corpo tenso.
Lembre-se: VOCÊ PODE FAZER ISSO!
Visualize seu corpo funcionando, seu bebê girando e nascendo. Não esqueça de urinar, sempre que sentir necessidade e evacuar também. O seu corpo precisa continuar fazendo as coisas rotineiras. Use aromaterapia, óleos para massagem são bem relaxantes, e ajudam a meditar. Peça uma massagem nas costas quando sentir a contração, a pressão na lombar e movimentos circulares alivia o desconforto.
O frio aumenta a intensidade da dor, então, mantenha-se aquecida. Use sempre uma meia.
O chuveiro quente ajuda o corpo e a mente a relaxar e alivia também a dor, tome um banho demorado, 1 hora ou mais. A banheira é recomendado com mais de 7 cms.
Não pense na dor como uma coisa ruim, aprenda a lidar com as contrações, não fuja dela, se concentre no que o seu corpo pede, o que ele quer, e lembre-se isso tudo não é em vão.
São essas contrações que vão trazer seu bebê.
Converse com o seu bebê, deixe que ele saiba que tudo isso também é normal pra ele, e que logo vocês vão se conhecer de uma maneira diferente, e que você mal pode esperar.
Ouça os conselhos da sua equipe humanizada, a sua parteira, a sua doula, o seu acompanhante.
Olhe nos olhos deles e sinta, ouça, VOCÊ CONSEGUE! Mas faça o que o seu corpo quer, ele sabe o que fazer, RESPIRE profundamente e devagar, inspire pelo nariz e expire pela boca.
CONFIE EM VOCÊ E NO SEU CORPO!!!



9ª Deixe seu macaco agir: Sim, parece engraçado mas na verdade isso é retirado de um livro de uma parteira super reconhecida chamada Ina May,e ela fala justamente sobre deixar o seu lado primitivo e instintivo agir. Isso inclui tirar a roupa e ficar a vontade, fazer sons, posições, não tenha vergonha nem medo do que vão pensar.
Não fique pensando em remédios, em procedimentos, não fique pensando o quanto falta para dilatar totalmente, não tenha medo de evacuar durante o parto. TODAS as pessoas fazem isso diariamente, pessoas normais, celebridades, princesas. É NATURAL do corpo e a equipe está totalmente acostumada com isso. Não se prenda.

10ª Confie no seu corpo: Seu corpo instintivamente sabe o que fazer para trazer seu bebê ao mundo. Afinal, ele tem feito isso perfeitamente pelos últimos 9 meses, cuidando desse ser e ajudando a crescer com saúde, sem que ninguém tenha que intervir. Seu corpo não precisa de cursos ou um médico para ensinar como gerar um bebê. Milhões de anos de evolução mostra que o trabalho de parto é controlado pelas partes mais primitivas do cérebro.

          Lembre-se que essa ''dor'' é simplesmente uma mensagem para o seu cérebro. Você não esta em perigo. E você sabe como controlar essa mensagem, diminuindo e até eliminando. Ensinar seu corpo como fazer isso é a melhor maneira de ter um maravilhoso trabalho de parto onde medicamentos para alívio da dor nem passam pela sua mente. Nossos corpos são especialmente feitos para fazer essa coisa maravilhosa chamado PARTO. Prepare-se também para possíveis intercorrências que a medicina moderna está pronta para atender, uma cesárea necessária é sempre bem vinda.
Mas no final de tudo, sorria, ame e divirta-se com o seu parto. VOCÊ está no controle da sua experiência, dê permissão ao seu corpo para ir além de qualquer inibição e siga o seu corpo.

Acesse

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Impossível não se contagiar!

          Olá pessoal! Estou postando essa sequência de vídeos da professora Melânia Amorim acerca das novas perspectivas de atenção ao parto e nascimento. Um documentário imperdível tanto para os profissionais quanto para as futuras mamães. Vale a pena assistir e encorajar o parto natural. Espero que gostem!É impossível não se contagiar!

PARTE 01


PARTE 02

PARTE 03

 PARTE 04


COMENTEM!!!

domingo, 4 de setembro de 2011

Tamanho da pelve versus parto normal



Em todos os seres humanos existe a cintura pélvica , que é composta por 2 ossos chamados ilíacos que ficam um de cada lado do sacro, osso este que fica logo abaixo da ultima vértebra lombar. Nas mulheres, esses ossos se posicionam de forma mais aberta, fazendo com que a mulher tenha um quadril largo, justamente para poder acomodar e gerar seu bebê.

Durante a gestação, o corpo da mulher sofre varias mudanças para melhor acomodar e nutrir seu bebê. Uma dessas mudanças é a alteração hormonal, que dentre outros objetivos, tem a função de proporcionar um aumento da elasticidade dos tecidos para que o corpo possa se adaptar ao crescimento do bebê. 


 
Muitas gestantes ainda tem dúvidas sobre o tamanho da pelve, se quanto maior, mais largo for o quadril, mais fácil é o parto. Esse é um MITO! Não existe quadril melhor ou pior, e não existe indicação de cesárea por esse motivo. A desproporção céfalo-pélvica (DCP) é quando a cabeça daquele bebê é muito grande para aquela pelve materna, esse diagnóstico só pode ser feito após dilatação total, quando o bebê não consegue encaixar a cabeça na pelve e descer. Essa é a real DCP, e não significa que o próximo filho deve nascer de cesárea, cada cabeça uma sentença!

Antigamente os profissionais separavam os tipos de pelves por nomes, e segundo eles dos quatros formatos, apenas dois permitiam o parto normal. Mas hoje em dia isso também já não funciona mais, então se o seu médico está deixando-a insegura por causa da tamanho do seu quadril, essa é uma dica de que ele é um médico cesarianista ( a favor da cesárea ). As posições derivadas da posição de cócoras (ajoelhada, de quatro, etc...) podem aumentar até 30% a dilatação da pelve, segundo explicou Cláudio Paciornick na Conferência de Humanização do parto.


Então seja você magra ou acima do peso, alta ou baixa, com quadril largo ou pequeno, você nasceu com a mesma capacidade de parir que qualquer outra mulher. Acredite no seu corpo, procure um médico ou enfermeiro obstetra a favor do parto natural, escolha seu acompanhante e tenha um bom parto!

sábado, 3 de setembro de 2011

Crianças nascidas de cesárea têm 8 vezes mais risco relativo de morrer.


O risco relativo de morte em crianças nascidas de cesariana é oito vezes maior do que em bebês trazidos à luz por parto normal. A conclusão é de uma pesquisa da Universidade Estadual de Maringá (UEM) que analisou mortes de 569 crianças menores de 1 ano. Os casos estudados ocorrem em um período de 10 anos. O trabalho foi desenvolvido por Denise Albieri Jodas, para uma dissertação de mestrado em Enfermagem, sob orientação de Maria José Scochi, doutora em Saúde Pública.

Maria José afirma que uma explicação para o resultado da pesquisa está no fato de que, na cesárea, o feto nem sempre está pronto para nascer, como ocorre no parto normal. “Quando uma criança nasce de parto normal, ela está pronta, com o corpo preparado. É importante que a mulher que escolher a cesárea tenha em mente que os riscos são maiores”.
Ela acrescenta que, mesmo que não venham a óbito, crianças tiradas do útero materno antes do tempo podem sofrer problemas diversos, como a má-formação de órgãos. “A última parte da criança que se desenvolve é o pulmão, que, quando tirado antes do tempo, pode apresentar problemas. Crianças assim terão mais riscos de desenvolver pneumonia”.

Segundo a pesquisadora Denise Albieri Jodas, o objetivo da pesquisa foi encontrar informações sólidas nos casos de mortes de crianças menores de um ano para aprimorar a assistência prestada às mães e aos bebês. “Dos casos que investigamos, 65,9% representaram óbitos neonatais. Isso prova que os óbitos neonatais são aqueles de maior frequência e merecem uma atenção especial. Percebemos com os casos que o parto cesariano pode ocasionar a síndrome de angústia respiratória e prematuridade iatrogênica no recém-nascido, além de infecções puerperais, embolia pulmonar, íleo paralítico, hemorragias, reações indesejáveis da anestesia na mãe. Conclui-se que o parto cesariano só é interessante quando existem riscos para a mãe, feto ou ambos, antes ou no decorrer do trabalho de parto”.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) reconhece os riscos que as cesarianas oferecem aos bebês e defende o procedimento natural, sempre que possível. “O parto normal estima o funcionamento dos órgãos da criança”, explica o obstetra e presidente da delegacia de Maringá do CRM, Natal Domingos Gianotto.
A pesquisa desenvolvida em Maringá foi concluída em janeiro deste ano e enviada, para publicação, a revistas cientificas nacionais. Os dados coletados correspondem a mortes ocorridas entre 1996 e 2006, em hospitais de Maringá. Para tabular as estatísticas, a pesquisadora se valeu de uma epidemiologia matemática, o que a permitiu chegar ao índice de risco relativo.
O conceito de risco relativo é utilizado para relacionar a probabilidade de um evento acontecer em um determinado grupo, na comparação com outro. No caso da relação entre os tipos de parto, o índice foi obtido pela comparação entre os números de óbitos de cada uma das duas modalidades.
Apesar de os dados coletados serem apenas de Maringá, a pesquisadora afirma que a conclusão pode ser tomada como base para todo o país.
Para CRM, pais ainda não conhecem o perigo
O obstetra e presidente da delegacia de Maringá do Conselho Regional de Medicina do Paraná, Natal Domingos Gianotto, diz que a cesariana trouxe comodidade aos médicos e aos pais, mas muitos não conhecem os riscos a que se expõem, até por falta de orientação dos profissionais.
“É muito mais cômodo para o médico fazer o parto cirúrgico, porque há um horário agendado e o procedimento é mais rápido. Cabe ao obstetra orientar cada paciente e explicar os riscos, como a própria pesquisa da UEM apontou. Mas já percebemos que os profissionais não fazem isso, na prática, o que é totalmente errado. Em reuniões sempre orientamos os profissionais a prezarem pela vida e pela saúde das crianças”, diz Gianotto.
Ele diz que muitas mães chegam às clínicas com opinião formada e decididas a fazer o parto cirúrgico. Em alguns casos, segundo ele, fica praticamente impossível reverter a posição dos pais. “Com o passar dos anos, houve uma inversão de valores. A mulher não quer perder tempo nem sentir dor. Algumas chegam à clínica com data marcada para o nascimento e até com fotógrafo agendado. Um absurdo”.
O parto cirúrgico, segundo Gianotto, pode apenas ser recomendado a pacientes com contra indicação ao parto normal. “A cesária só deve ser feita quando a paciente não pode ganhar o bebê pelos procedimentos normais, como em casos de ausência de dilatação e descolamento de placenta”.
Dados do Ministério da Saúde apontam que as cesáreas representam 80% dos partos realizados na rede particular do país.


Acesse o link abaixo e veja a entrevista





IMPORTANTE: Já ouvi muitas gestantes que se submeteram a uma cesariana alegando que não tiveram passagem (dilatação)... Só sabemos que a mulher não tem dilatação durante o trabalho de parto. É preciso entrar trabalho de parto primeiro, ok meninas? ;)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Abertura do 1° Centro de Parto Normal da Rede Cegonha - Mansão do Caminho, em Salvador/BA

 

Era apenas oito da manhã, mas a atividade já era intensa na estreita e longa rua São Marcos, no bairro popular de Pau da Lima, em Salvador. Apesar de ter transitado por essas bandas já algumas vezes, neste particular dia senti a nítida lembrança das ruas do Cairo no Egito, uma das cidades mais populosas do mundo, onde pessoas moram até nos cemitérios. A mesma intensidade urbana, o fluxo de carros, ônibus e micro-ônibus, os prédios inacabados para sempre, a sujeira que nunca mais irá embora, os becos abrindo perspectivas sobre favelas enchendo o horizonte. E as pessoas... a vida pulsando, a luta pela sobrevivência, a cada minuto, acreditando que amanhã talvez o futuro será melhor, mesmo aqui, no cúmulo do caos urbano, triste exemplo do abandono e da descaracterização do espaço público. De repente, uma longa parede e um portão azul claro. Um outro mundo se abre. Paz e Harmonia. Na Mansão do Caminho, Centro Espírita fundado em 1954 pelo médium Divaldo Franco, reina o verde profundo das árvores, as cores dos jardins e os cantos dos pássaros. A creche, escola, lar de idosos, biblioteca, centro de saúde e outras instalações, todas impecáveis, que atendem benevolamente as comunidades locais, juntam-se a um prédio novo, plantado numa colina: o tão esperado Centro de Parto Normal Marieta de Souza Pereira, o primeiro na Bahia e o primeiro do Brasil a integrar o programa federal Rede Cegonha*.
Dia 26 de Agosto de 2011, o Centro de Parto Normal (CPN) foi inaugurado na presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do governador Jaques Wagner, do secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, do fundador da Mansão do Caminho, Divaldo Franco, e dos voluntários da instituição.
O CPN foi inicialmente uma iniciativa da Mansão do Caminho, sendo a construção financiada exclusivamente por doações de entidades e doadores particulares do Brasil e afora. Já os equipamentos foram custeados pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia e pelo Ministério da Saúde. A finalização das instalações do CPN Marieta de Souza Pereira coincidiu com o lançamento do Programa Federal Rede Cegonha, que pretende mudar o modelo assistencial durante o período perinatal. Dos 25 Centros de Parto Normal que já existem no Brasil, o CPN Marieta de Souza Pereira foi o primeiro que se mobilizou. O contexto favorável permitiu formar uma boa parceria entre o governo do Estado e o governo Federal, alocando um financiamento diferenciado para o CPN, que receberá a partir de agora custeio mensal de R$ 80 mil mais R$ 50 mil para o pré-natal (ambulatório), além de outros incentivos. Sendo o primeiro Centro da Rede Cegonha a entrar em operação, espera-se que ele servirá como exemplo e centro de treinamento para outros profissionais. Os outros 25 CPN´s do Brasil passarão a ser custeados pelo Ministério da Saúde após formulação do Plano de Ação da Rede Cegonha regional.
Segundo o Ministério da Saúde, "o CPN tem o objetivo de humanizar o momento do nascimento da criança, oferecendo as gestantes um ambiente com maior privacidade". No CPN Marieta de Souza Pereira são seis quartos de PPP (pré-parto, parto, pós-parto), sendo um dos quartos de PPP equipado com uma banheira, todos com maca de PPP, amplo banheiro privativo com água quente, cuba para dar banho no recém-nascido, além dos equipamentos previstos pela Lei**. Enfermeiras obstétricas e obstetras irão trabalhar em parceria, sendo duas enfermeiras e um obstetra por plantão, além de doulas voluntárias ainda a serem treinadas. Segundo a Dra. Marilena Pereira Souza, Coordenadora Médica do CPN que acompanha o projeto desde o início, a intenção é de resgatar todo o potencial das enfermeiras obstétricas, colocando-as no 1° lugar, ao contrário do modelo atual de assistência onde prevalece o médico. As enfermeiras que irão atuar no CPN Marieta de Souza Pereira já são experientes e receberam 15 dias de treinamento no Hospital Sofia Feldman em Belo Horizonte, referência em termos de humanização do parto e nascimento. O treinamento incluiu também formação em reanimação neonatal.
São previstos uma média de 120 partos por mês. Como o CPN Marieta de Souza Pereira é credenciado pelo SUS, ele acolherá gestantes que tenham feito pelo menos dois atendimentos pré-natais pelo SUS e cuja gravidez é de baixo risco. Estava presente também no dia da inauguração a equipe técnica da prefeitura de Lauro de Freitas (Grande Salvador), que já planeja a construção do próximo Centro de Parto Normal da região. O secretário da Saúde da Bahia destacou que “144 municípios que possuem hospitais de pequeno porte serão beneficiados com a nova política. Estes hospitais terão R$ 3 mil por mês para estar obrigatoriamente realizando a atenção ao parto normal e ao primeiro atendimento de urgência e emergência”.
Como ressaltou o governador Jacques Wagner durante a inauguração, “A Mansão do Caminho é um espaço privilegiado, carregado de energia positiva pelos trabalhos que já são feitos aqui”. Ao ver o primeiro Centro de Parto Normal da Rede Cegonha sendo inaugurado neste lugar singelo (no melhor sentido da palavra) me deu um gosto de esperança no qual às vezes nem acreditava mais. Tinha lá algo muito simbólico, tanto pelo fato de ser na Bahia, um dos estados com os piores indicadores de morte materna no Brasil, como pelo fato de acontecer no seio de uma instituição que, segundo o próprio Divaldo Franco é em si mesma “um testemunho de que o amor vive no coração da criatura humana e de que nós, dentro de nossa relatividade, amamos, procurando converter em ações as manifestações que existem em nós (…)”. Valeu sonhar alto!
 



Por Anne Sobotta - VentreMaterno – Rede de Apoio a Gestação, Parto e Pós-Parto
*O programa Rede Cegonha é composto por um conjunto de medidas para garantir a todas as brasileiras, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendimento adequado, seguro e humanizado desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida do bebê. As medidas previstas na Rede Cegonha – coordenadas pelo Ministério da Saúde e executadas pelos Estados e Municípios, que deverão aderir às medidas – abrangem a assistência obstétrica, com foco na gravidez, no parto e pós-parto como também na assistência infantil.
O Governo Federal está implantando o Rede Cegonha inicialmente na região Amazônica e no Nordeste, onde existem os piores indicadores de morte materna no Brasil, para depois estender o Programa para o resto do Brasil. Segundo a superintendente Estadual da Assistência Integral à Saúde do Estado da Bahia (Sais), Gisele Santana, “Na Bahia, estamos começando com as quatro regiões em que os indicadores são piores: Região Metropolitana de Salvador; região Sul, região Norte e Centro-norte. A previsão é que a Rede esteja implantada em todo o Estado até 2014”.
** Portaria nº 985, de 5 de agosto de 1999.
Fontes:
- Supervisão de Gestão do Sistema e Regulação da Atenção á Saúde do Estado da Bahia
- http://www.mansaodocaminho.com.br/
- http://www.bahiatodahora.com.br/noticias/salvador/primeiro-centro-de-parto-normal-da-rede-cegonha-no-pais-e-inaugurado-em-salvador
- http://www.vermelho.org.br/ba/noticia.php?id_noticia=162538&id_secao=58
- http://www.bahiaemfoco.com/noticia/25298/Rede-Cegonha-inaugura-Salvador-Centro-de-Parto-Normal-do-pais
- http://www.noticiasdabahia.com.br/ultimas_noticias.php?cod=13971
Mais sobre a Rede Cegonha:
- http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-03-27/rede-cegonha-que-sera-lancada-amanha-funcionara-primeiramente-em-nove-cidades
 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Visita do Sofia Feldman a Maternidade Municipal de Juazeiro.

    Por Clarice Alves/SESAU          

  Profissionais do Hospital Sofia Feldman (HSF), situado em Belo Horizonte e referência dos Distritos Sanitários do Norte e Nordeste no que diz respeito ao parto humanizado, esteve esta semana em Juazeiro, para compartilhar com a equipe da Maternidade Municipal sobre as boas práticas no atendimento a mulher antes, durante e após o parto.
              O grupo composto pelo obstetra João Batista Lima, a enfermeira-obstétrica Karla  e a neonatologista Raquel Lima estão percorrendo 26 maternidades do Nordeste e da Amazônia Legal para difundir o plano de qualificação do Programa Nacional de Humanização do Parto, iniciado em 2009. O programa, por meio dessas capacitações tem trabalhado também para minimizar – na rede pública de saúde – técnicas utilizadas no parto normal já consideradas ultrapassadas como: Parto na horizontal; Episiotomia (corte no períneo); Tricotomia (raspagem dos pelos pubianos); e a Aplicação de Ocitocina
(hormônio sintético usado para forçar contração).

            A equipe demonstrou surpresa ao encontrar uma maternidade do interior com a estrutura física e humana necessária para o procedimento. “É uma das melhores que já vi no Nordeste. Juazeiro está muita avançada, atendendo ao programa do Ministério da Saúde no que se refere ao parto humanizado. As pessoas precisam conhecer a unidade, os profissionais; porque aqui encontramos um serviço excelente. A Maternidade precisa ter mais visibilidade”, colocou a pediatra Raquel Lima.
 

          
 “Não resta duvida que a utilização dessas 'más práticas' prejudicava a mulher. Hoje o que a Maternidade de Juazeiro faz, atende com excelência ao modelo apresentado pelo Ministério, que é a presença do parceiro, da família durante o parto”, disse o obstetra João Batista, e lembrou que a Maternidade de Juazeiro dentro das que visitou esta bem à frente.

 
           Durante os plantões, a Maternidade dispõe de dois obstetras, um anestesista, um pediatra e três enfermeiros obstétricos. A coordenadora de enfermagem da unidade, Maria Barros da Silva, opinou sobre a presença da equipe do Hospital Sofia Feldman. “Todo aprendizado é necessário para o crescimento do profissional. Aqui na unidade já atuamos dentro do programa de humanização do parto definido pelo ministério.A vinda da equipe de Belo Horizonte e troca de experiências, sem dúvida, para o corpo clinico é mais uma motivação, pois demonstra que o nosso trabalho esta sendo reconhecido”.

 


Visitem o site do Sofia Feldman no link abaixo: